A Mascarada
Eleitoral Americana
Chegou esta noite
ao fim a maior mascarada eleitoral do imperialismo: a eleição do presidente dos
Estados Unidos da América do Norte. Das duas marionetas a concurso – Donald
Trump e Hilary Clinton, já que das outras nenhuma delas poderia ser eleita –
foi escolhida a marioneta Donald Trump.
Hoje de manhã e em
todo o mundo, entraram em agonizante paranóia as classes, camadas de classe e
personalidades que se consideram democráticas, como os atrasados mentais Garcia
Pereira e seus liquidacionistas, para os quais Donald Trump seria uma carta
fora do baralho, ou seja um candidato anti-sistema, à margem dos interesses do
imperialismo ianque, e que preferiam mil vezes mais Hilária, e mais ainda se
fora a de Odivelas.
As eleições
presidenciais norte-americanas são uma mascarada eleitoral democrática burguesa
com três funções:
1ª - Fazer crer ao
povo dos Estados Unidos que possui nas suas mãos um poder real quase ilimitado,
poder que tem de ser consultado regularmente, de quatro em quatro anos no caso
da escolha presidencial. A primeira função destina-se pois a montar a ilusão
democrática do poder do Povo…
2ª – Comprometer
o povo no seu consentimento prévio para com todos os actos praticados pelo
presidente eleito: “pois se votaste e foste consultado, tens que aceitar as
consequências da escolha que fizeste”… É por isso que, nos Estados Unidos
da América do Norte, sede do maior e mais forte imperialismo mundial, não há
eleições presidenciais antecipadas: mesmo quando morre o presidente eleito, o
mandato presidencial continua com o vice-presidente, escolhido conjuntamente
com o mesmo presidente no mesmo colégio eleitoral. O voto é um acto de
compromisso e de consentimento por quatro anos completos…
3ª – Seleccionar,
com o voto dos grandes eleitores no colégio eleitoral, a mais apta das duas
marionetas e realizar os interesses e as exigências do poder dos banqueiros,
dos industriais, dos rendeiros e das multinacionais que, esses sim, são os
verdadeiros detentores do poder económico do imperialismo.
A democracia
americana é assim a ditadura terrorista do Estado imperialista mais forte do
planeta. A democracia é uma farsa e as eleições, para as presidenciais, para o
congresso ou para o supremo tribunal de justiça uma mascarada, farsa e
mascarada destinadas a manter e reproduzir o imperialismo ianque.
De nada interessa
quanto proclamam em campanha Donald Trump e Hilary Clinton: qualquer deles não
passa de marioneta do imperialismo; e qualquer deles, chegando à Casa Branca,
só fará o que for útil para o imperialismo e o seu sistema de exploração e
opressão capitalistas. A principal promessa eleitoral de Barack Obama, se o
leitor ainda não se esqueceu, foi a de encerrar, imediatamente após as
eleições, a prisão de Guantânamo: Obama fez dois mandatos ao longo de oito
anos, até foi galardoado com o prémio Nobel da Paz, mas a prisão da base
americana na baía cubana de Guantânamo, contínua em funcionamento…
Obama ganhou as
eleições com a promessa de um Serviço Nacional de Saúde para os pobres e
trabalhadores, mas o Obama Care, que instaurou ao fim de oito anos de
presidência, não cobre um por cento da população pobre e idosa necessitada da
América…
O FBI, a Cia,
o Pentágono, os órgãos fundamentais da ditadura do imperialismo ditam às
marionetas presidenciais o que podem e o que não podem, o que devem e o que não
devem fazer.
Para aqueles que
não conseguirem dormir nos próximos dias com medo de Trump, lembrem-se só
disto: com excepção da segunda guerra do Golfo e da guerra do Afeganistão,
estas desencadeadas pelo republicano George W. Bush, todas as outras guerras,
do século XX e XXI, levadas a cabo pelo imperialismo ianque, foram
desencadeadas por presidentes democratas…
E para aqueles que,
como nós, proletários e combatentes marxistas e comunistas, temos como missão
política e ideológica derrubar o imperialismo, inclusive no nosso país, nada
temos que ver com as eleições presidenciais americanas e não alimentamos
nenhuma espécie de ilusões sobre as marionetas presidentais do imperialismo,
chamem-se elas o que se chamarem: desde Donald Trump a Hilary Clinton.
Dentro de alguns
meses verão como Hilary e Trump realmente se amam…
Há por aí um
chibarro da estirpe de Garcia Pereira para quem uma mulher na
presidência dos Estados Unidos da América do Norte sempre seria, e apesar de
tudo, um progresso revolucionário. Coisas desses cretinos papagaios! E
quantos milhares de mulheres matou o imperialismo americano na Líbia, na Síria,
no Iraque, em Alepo e em Mossul durante a campanha eleitoral para levar uma
marioneta feminina do imperialismo, como Hilary Cinton, à Sala Oval da Casa
Branca?! Garcia e seus capitulacionistas preferem a promoção de uma mulher a
presidente do imperialismo ao de milhões de mulheres vivas no Médio Oriente…
Venha Trump ou quem
vier; o nosso grito de guerra é sempre o mesmo: Morte ao Imperialismo Ianque!
Viva o Comunismo! Não embarcamos em mascaradas presidenciais imperialistas.
09.11.2016
Arnaldo Matos
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