jueves, 16 de junio de 2016

LUTA POPULAR: Editorial: Ayer en Orlando…


EDITORIAL


Ontem em Orlando; Um Dia Destes em Lisboa…

No passado domingo à noite, na cidade de Orlando, na Florida, um cidadão norte-americano, nascido em Nova Iorque, de nome Omar Mateen, com 29 anos de idade, filho de afegãos, depois de invocar a sua qualidade de jiadine do Estado Islâmico, entrou na mais conhecida discoteca da cidade, armado de pistola, de uma espingarda de guerra A15 e de um saco de munições, tomou a discoteca e fez reféns durante cerca de três horas, matou 50 pessoas e feriu outras 53, praticando assim o mais poderoso e demolidor acto de guerra dos povos árabes e muçulmanos, agredidos pelo imperialismo ianque, no próprio território do imperialismo opressor, depois de 11 de Setembro de 2001.

No primeiro discurso à nação sobre o ataque à discoteca Pulse de Orlando, Barack Obama falou de um “acto de terror e de ódio”, levando o caso para o quadro de uma luta contra a autodeterminação sexual, na medida em que a discoteca em causa era conhecida por ser frequentada por pessoas lésbicas, bissexuais, transgénero e intersexo, conhecida por discoteca LGBTI, na sigla actual.

Nas suas primeiras palavras aos súbditos norte-americanos, faltou manifestamente a Obama a seriedade e a coragem para reconhecer que o mais poderoso imperialismo mundial – o imperialismo ianque – acabava de ser derrotado no seu próprio covil por um jovem de 29 anos sozinho. E, ainda por cima, um jovem que havia sido submetido, antes e por duas vezes, a interrogatório do FBI, a polícia de investigação criminal dos Estados Unidos da América, sem que aquela polícia tivesse podido deter o jovem jiadine e impedi-lo de consumar o seu acto de guerra.
É manifestamente impossível que uma operação militar da natureza e envergadura da que foi levada a efeito em Orlando pelo jovem Omar Mateen tenha sido planeada, preparada, organizada e executada por um só homem. Não espanta pois a incredulidade de Barack Obama nas primeiras palavras dirigidas à nação ianque, quando lhe custava reconhecer a vulnerabilidade e incapacidade dos Estados Unidos para abortar um acto de guerra daquela natureza, mesmo quando o presumível agente tinha estado por duas vezes nas mãos do FBI, e estava desde 2013, nos últimos três anos, sob vigilância da polícia.

A Obama não restou mais nada senão falar de terror e de ódio e de ordenar a aplicação do estado de emergência em toda a Florida.

Enquanto Obama tartamudeava e não reconhecia o ataque à discoteca Pulse como um acto de guerra – um acto de terrorismo, na linguagem da Casa Branca – contra o imperialismo americano, os dirigentes do FBI, no mesmo instante em que o presidente se dirigia ao país, respondiam aos jornalistas no seguinte tom: “Se consideramos isto um acto de terrorismo? Totalmente!”

E tudo isto aconteceu a escassos seis meses do massacre de São Bernardino, na Califórnia, quando um casal de paquistaneses, fortemente armado, tendo jurado fidelidade ao Estado Islâmico através de uma publicação no facebook, atacou um centro de saúde pública naquela cidade onde pululam portugueses, matou 19 pessoas e feriu outras 21.

Só quem for cego – e não há pior cego do que aquele que não quer ver – insistirá em não compreender que hoje todas as guerras são globalizáveis e mundializáveis: as guerras do imperialismo americano e europeu no Magrebe, no centro de África, no Oriente Médio e no Afeganistão não só não têm fim, como são travadas em teatros de operações cada vez mais vastos, cada vez mais mundializados, e chegará inevitavelmente aos territórios nacionais e super-defendidos dos próprios imperialistas.

A conclusão a extrair de tudo quanto antecede é apenas uma e impõe-se pela natureza dos factos: nos dias de hoje, as guerras movidas pelo imperialismo contra os povos do mundo assumem necessariamente duas frentes: uma frente nos territórios dos povos agredidos pelo imperialismo e outra frente no território dos países imperialistas opressores.

A própria guerra é agora globalizável, e todas as guerras são na actualidade mundializáveis. Por outro lado, cada guerra imperialista transformar-se-á em guerra civil revolucionária no país onde for desencadeada, e todas as guerras imperialistas transformar-se-ão – no interior dos próprios países imperialistas – em guerras civis revolucionárias. Notem que os ataques desferidos pelos jiadistas islâmicos em Londres, em Paris, em Bruxelas, em Madrid, em São Bernardino, na Califórnia, na maratona de Boston, em Orlando, na Florida, são actos de guerra levados a cabo por nacionais dos próprios países imperialistas – ingleses, belgas e americanos – contra o poder imperialista dominante nos seus próprios países. Estes actos de guerra, são actos de guerra civil revolucionária interna, não externa.

E ontem, dia 13 de Junho de 2016, um cidadão francês, Larossi Abballa, invocando agir ao abrigo do Estado Islâmico, matou à facada, na cidade de Maganville, o chefe da polícia de Mureaux, Jean Baptiste Salvaing, e a mulher deste, também polícia, antes de ser morto pela tropa francesa. François Hollande não teve rebuço em declarar como terrorista islâmico o ataque de Maganville.
Que o imperialismo ianque ou gaulês sofram estes ataques militares demolidores nos seus próprios territórios é coisa compreensível, visto que constituem apenas uma resposta militar às agressões militares do imperialismo americano e francês aos povos oprimidos e explorados do centro e do norte de África, do Próximo e do Médio Oriente e do Afeganistão.

O que não se compreende nem se aceita é que o governo português, no seu papel de lacaio do imperialismo, atrele o povo de Portugal às guerras do imperialismo e coloque o nosso País e o nosso Povo na situação de sofrer ataques retaliadores dos povos oprimidos, explorados e agredidos pelo imperialismo.

Portugal não tem nenhum interesse de nenhuma natureza em enviar tropas mercenárias para defenderem os interesses do imperialismo francês no Magrebe e no centro de África, ou para defender os interesses opressivos e exploradores do imperialismo americano no Próximo e no Médio Oriente ou no leste da Europa, como senilmente o têm estado a fazer.

Mais cedo ou mais tarde, mais dia menos dia, os povos oprimidos pelas nossas tropas mercenárias, lacaias do imperialismo americano, francês, inglês ou europeu, irão levar a efeito no território português o mesmo tipo de actos de guerra que têm desencadeado e continuarão a desencadear nos países imperialistas. Portugal é aliás o único país da Europa que tem estado a fazer de lacaio dos imperialistas: é o único país cujas forças armadas estão cada vez mais colocadas ao serviço do imperialismo americano, francês e europeu, sem ter nem defender qualquer interesse nessa submissão. Está lá, porque os governos portugueses são governos de lacaios do imperialismo, são governos de traição nacional, são governos de vende-pátrias.

Mais dia menos dia, Lisboa chamar-se-á São Bernardino, Orlando, Boston, Paris, Bruxelas, Madrid ou Londres.

Não porque sejamos um país imperialista, mas apenas porque os nossos governos são governos lacaios a soldo dos imperialistas.

Ora, o povo português deve opor-se frontalmente à política governamental de submissão ao imperialismo, porque essa política antipatriótica e antipopular não defende nenhum interesse legítimo do povo português e atrela o nosso Povo e o nosso País à política de exploração e guerra dos imperialistas.

Ergamo-nos como um só homem contra a política governamental de submissão ao imperialismo americano, francês e europeu, porque a nossa política é de paz e de amizade com todos os povos e nações oprimidas do mundo.

Se não queremos ter em Lisboa o que os belgas já tiveram em Bruxelas, os ingleses em Londres, os franceses em Paris, os espanhóis em Madrid e os americanos em Orlando, então opunhamo-nos firmemente contra o envio de tropas mercenárias portuguesas para o Chade, para o Mali, para o Iraque e para o Afeganistão! A questão põe-se em lutarmos agora contra o governo de traição nacional; não em nos queixarmos depois.
14.06.2016

Arnaldo Matos

(El editorial traducido al castellano)

Ayer en Orlando; Un día de éstos... Lisboa

Domingo por la noche en Orlando, Florida, un ciudadano estadounidense nacido en Nueva York, llamado Omar Mateen, hijo de 29 años de edad, de los afganos, después de invocar su calidad de Estado jiadine islámica, entró en el más famoso club nocturno en la ciudad, armado con una pistola, un fusil de guerra A15 y una bolsa de munición, tomó la discoteca y tomó rehenes durante unas tres horas, mató a 50 personas e hirió a 53, por lo que la práctica más poderoso y destructivo acto de guerra de los pueblos árabes y musulmanes, atacados por el imperialismo yanqui, en el territorio del mismo imperialismo opresor después del 11 de septiembre de 2001.

En el primer discurso a la nación sobre el ataque en el club nocturno de pulso Orlando, Barack Obama habló de un " acto de terror y el odio" , tomando el caso al marco de la lucha contra la autodeterminación sexual, ya que el club en cuestión era conocido por ser frecuentado por lesbianas, bisexuales, transexuales e intersexuales, conocido para las discotecas LGBTI en el acrónimo actual.

En sus primeras palabras a los sujetos americanos, carecía claramente la gravedad Obama y el valor de reconocer que el más poderoso imperialismo mundial - el imperialismo estadounidense - sólo había sido derrotado en su propia guarida por un joven de 29 años solamente. Y en la parte superior, un joven que había sido presentado antes y dos veces el interrogatorio del FBI , la policía de investigación criminal de los Estados Unidos de América, sin que la policía había sido capaz de detener la joven jiadine y evitar que se consumar su acto de guerra.

Está claro que es imposible que una operación militar en la naturaleza y escala de los cuales se llevó a cabo en Orlando para joven Omar Mateen ha sido planificado, preparado, organizado y ejecutado por un solo hombre. No es de extrañar la incredulidad, Barack Obama, las primeras palabras que ha dirigido a la nación yanqui, cuando costaba a reconocer la vulnerabilidad y la incapacidad de Estados Unidos para anular un acto de guerra que la naturaleza, aun cuando el presunto delincuente había estado dos veces en manos del FBI y ha habido desde 2013, en los últimos tres años bajo vigilancia policial.

El gobierno de Obama no quedó nada más que hablar del terror y el odio y ordenar la aplicación de un estado de emergencia en toda la Florida.

Mientras tartamudeava Obama y no reconoció el ataque a la discoteca del pulso como un acto de guerra - un acto de terrorismo, el idioma de la Casa Blanca - contra el imperialismo norteamericano, los líderes de la FBI , en el mismo momento en que el presidente se dirigió al país, respondió a la prensa que el siguiente paso: "Si nos consideramos esto un acto de terrorismo? Totalmente! "
Y todo esto sucedió unos seis meses de la matanza de San Bernardino, en California, cuando un par de paquistaníes, fuertemente armado, que tiene jurado lealtad al Estado islámico a través de una publicación en Facebook , atacó a un centro de salud pública en esa ciudad, donde enjambre portugués , mató a 19 personas e hirió a 21.

Sólo aquellos que son ciegos - y no hay peor ciego que el que no quiere ver - insistir en no entender que hoy en día todas las guerras son globalizáveis ​​y mundializáveis: las guerras del imperialismo americano y europeo en el Magreb, en el centro de África, Oriente Medio y Afganistán no sólo no tienen fin, que están encerrados en salas cada vez más vastas operaciones, cada vez más globalizados, e inevitablemente llegan a los territorios súper-defendidas y nacionales de los propios imperialistas.

La conclusión que puede extraerse de lo anterior es sólo uno y es impuesta por la naturaleza de los hechos: en la actualidad, las guerras impulsadas por el imperialismo contra los pueblos del mundo necesariamente toman en dos frentes: uno frente a los de los territorios atacados por el imperialismo y otro frente en el territorio de los países imperialistas opresores.

La guerra misma es ahora globalizada, y todas las guerras son en mundializadass ​​hoy. Por otro lado, cada guerra imperialista se convertirá en la guerra civil revolucionaria en el país se dispara, y todas las guerras imperialistas se convertirá - dentro de los propios países imperialistas - en las guerras civiles revolucionarias. Tenga en cuenta que los ataques realizados por los yihadistas islámicos en Londres, París, Bruselas, Madrid, en San Bernardino, California, en el maratón de Boston, en Orlando, Florida, son actos de guerra llevaron al cable nacional de los propios países imperialista - Inglés, belga y estadounidense - en contra de la potencia imperialista dominante en sus propios países. Estos actos de guerra, son actos de guerra civil revolucionaria interna, no externa.

Y ayer 13 de junio de 2016, un ciudadano francés, Larossi Abballa, invocando actuar bajo Estado Islámico mató al arma blanca en la ciudad de Maganville, el jefe de la policía Mureaux, Jean Baptiste Salvaing, y la mujer de este, también la policía, antes de ser asesinadas por las tropas francesas. François Hollande no Rebuco a declarar como Maganville islámica terrorista del ataque.
Que el imperialismo yanqui o galo sufren estos demoledores ataques militares en su propio territorio es algo comprensible, ya que sólo son una respuesta militar a la agresión militar del imperialismo norteamericano y francés a los pueblos oprimidos y explotados del centro y norte de África, Oriente Próximo y Oriente Medio y Afganistán.

Lo que no entiende o no acepta es que el gobierno portugués, en su papel de lacayo del imperialismo, enganche de la población de Portugal a las guerras imperialistas y poner a nuestro país y nuestra gente en la situación de los que sufren ataques vengadores de los pueblos oprimidos, explotados y abusados ​​por el imperialismo.

Portugal tiene ningún interés de ninguna clase en el envío de tropas mercenarias para defender los intereses del imperialismo francés en el Magreb y en el centro de África, o para defender los intereses de opresión y exploradores estadounidenses del Próximo y Medio Oriente o Europa del Este, como el senilmente han estado haciendo.

Tarde o temprano, tarde o temprano, los pueblos oprimidos por nuestras tropas mercenarias, lacaias del imperialismo estadounidense, Francés, Inglés o europeo, se llevarán a efecto en el territorio portugués el mismo tipo de actos de guerra que han desencadenado y continuarán desencadenar en los países imperialistas. Portugal es de hecho el único país de Europa que ha estado haciendo lacayo de los imperialistas: es el único país cuyas fuerzas armadas se colocan cada vez más al servicio del imperialismo estadounidense, francesa y europea, sin o defender algún interés en la presente comunicación. Es allí porque los gobiernos portugués son lacayos del imperialismo gobiernos son gobiernos nacionales traición son los gobiernos venden tierras.

Tarde o temprano, será llamado Lisboa-San Bernardino, Orlando, Boston, París, Bruselas, Madrid o Londres.

No porque somos un país imperialista, pero sólo porque nuestros gobiernos son gobiernos pagamos lacayos de los imperialistas.

Ahora el pueblo portugués deben oponerse frontalmente a la política del gobierno de sumisión al imperialismo, porque esta política antipatriótica y anti-populares no respalda a ningún interés legítimo del pueblo portugués y aprovecha nuestra gente y nuestro país la política de explotación y la guerra de los imperialistas.

Nos erguimos como un solo hombre contra la política del gobierno de sumisión al imperialismo estadounidense, francesa y europea, porque nuestra política es paz y amistad con todos los pueblos y naciones oprimidos del mundo.

Si no tenemos en Lisboa que los belgas han tenido en Bruselas, los británicos en Londres, los franceses en París, el español en Madrid y los estadounidenses en Orlando, a continuación, nos opunhamo firmemente contra el envío de tropas mercenarias portuguesas a Chad a Mali, a Irak y Afganistán! La cuestión se plantea en la lucha ahora contra el gobierno de traición nacional; no quejarse después.

06/14/2016

Arnaldo Matos

Publicado por Luta Popular

No hay comentarios:

Publicar un comentario