¡Resistência Não É Terrorismo!
Desde o fim da II Guerra
Mundial, não passou ainda um único dia em que os países imperialistas, vencidos
ou vencedores da guerra, sozinhos ou coligados entre si, não tenham promovido
novas guerras imperialistas de rapina contra a classe operária e contra os
povos explorados e oprimidos do mundo.
Todas as guerras desde então
desencadeadas pelo imperialismo e pelo colonialismo na Ásia, em África, no
Médio Oriente, na América Latina e mesmo na Europa, desde as guerras da Coreia,
da Indochina, do Vietname, do Laos e do Cambodja, até às guerras mais recentes
do imperialismo americano, francês e inglês em África, no Oriente Médio e nos
Balcãs, todas foram e continuam a ser guerras pelo domínio e pela partilha do
mundo em esferas de influência, com vista a apoderar-se das riquezas e
matérias-primas dos países invadidos, colocando-os ao serviço exclusivo dos
diversos países imperialistas beligerantes.
Todas essas guerras
imperialistas foram e são guerras injustas, porque se opõem ao progresso, à
independência, ao desenvolvimento económico e ao bem estar dos povos agredidos
e visam reforçar a exploração e opressão desses povos pelos imperialismos
agressores.
As guerras que os povos
explorados e oprimidos movem contra os imperialistas são guerras justas e, mais
cedo ou mais tarde, acabarão por triunfar.
Desde que há classes, a
história da humanidade é a história da luta de classes e da guerra de classes,
até que se estabelecerá a sociedade comunista sem classes.
Todas as guerras contra o
imperialismo são guerras justas, guerras de resistência e acabarão por triunfar.
Acontece que os imperialistas
promovem, através do seu vasto aparelho ideológico que vai desde as igrejas às
universidades e aos órgãos de comunicação social, campanhas ideológicas
contínuas, destinadas a fazer passar por justas as guerras dos imperialistas e
a fazer passar por injustas as guerras da classe operária e dos povos oprimidos
do mundo.
Assim, todos os actos de guerra
do imperialismo, desde o emprego de bombas atómicas aos bombardeamentos aéreos
das populações indefesas, ou são escondidos dos olhos dos povos do mundo ou
considerados justos e até santificados pelas igrejas, enquanto que os actos de
resistência dos povos agredidos e oprimidos são apresentados como actos
terroristas, e os actos terroristas dos imperialistas contra os povos indefesos
são considerados como justos actos de guerra.
Devemos deixar aqui muito bem
esclarecido e estabelecido: os actos de resistência dos povos explorados,
oprimidos e agredidos não são actos terroristas; são actos legítimos de guerra,
sejam praticados na frente de combate, se houver frente de combate, sejam
praticados no interior do país imperialista agressor, como sucedeu nos ataques
levados a cabo em Nova Iorque e em Washington, em Paris, em Londres, em Madrid
ou em qualquer outro lugar onde o imperialismo possa ser atacado pelos povos
agredidos, como ocorreu anteontem em Nice.
A resistência dos povos
agredidos não é terrorismo! Terrorismo é a guerra cobarde do imperialismo para
explorar, oprimir e rapinar os povos do mundo.
A classe operária dos países
imperialistas deve opor-se, no interior dos seus próprios países, às guerras
movidas pelo imperialismo contra os povos do mundo. A classe operária dos
países imperialistas tem o estrito dever de resistir, por todos os meios ao seu
alcance, às agressões dos povos do mundo pelo seuimperialismo
ou pelo seu capitalismo.
A estratégia do proletariado
revolucionário é a de transformar as guerras imperialistas ou colonialistas em
guerras civis revolucionárias.
Na época da guerra colonial, os
chefes da tropa colonialista portuguesa também consideravam os actos de guerra
dos povos das colónias como actos terroristas, e assim os entenderam até serem
derrotados na sua prosápia. Mas com essa teoria reaccionária levaram atrás da
sua derrota milhares de caixões de soldados portugueses inocentes.
Actos de guerra como os levados
a cabo pelos jiadistas franceses em Paris, Bruxelas e Nice, podem ocorrer
brevemente em Portugal praticados por jiadistas dos países onde temos tropas
portuguesas a atacar povos estrangeiros, designadamente no Afeganistão, no
Iraque, no Chade, no Mali, na Somália e na República Centro Africana.
A classe operária portuguesa
deve exigir o regresso imediato dessas tropas portuguesas mercenárias aos seus
quartéis em Portugal, para evitar qualquer acto de resistência dos povos
oprimidos praticados no nosso território.
A classe operária seria uma
classe de traidores se não combatesse o imperialismo dominador no seu país e,
ainda por cima, achasse que os actos de resistência dos povos oprimidos seriam
actos terroristas, como propalam os autoproclamados maoistas de França e da
Bélgica.
Portugal deve sair da Nato e as
nossas tropas mercenárias devem regressar imediatamente aos seus quartéis em
Portugal!
17.07.2016
Arnaldo Matos
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