El Gran Sol Rojo del Amanecer

jueves, 30 de junio de 2016

Portugal: Convertir las guerras imperialistas en guerras populares de liberación nacional antiimperialistas y/o en guerras civiles por el socialismo *



Guerra do Povo à Guerra Imperialista

No seu blogue Que o Silêncio dos Justos não Mate Inocentes, o camarada Luís Júdice publicou um ensaio de enorme actualidade sob o título Guerra do Povo à Guerra Imperialista, chamando a atenção para o facto de que no mundo actual as guerras imperialistas se desenvolvem em duas frentes inevitavelmente: na frente dos países coloniais e semicoloniais agredidos e no interior do covil dos próprios imperialistas. Em qualquer dessas frentes, a guerra movida pelo imperialismo transformar-se-á em guerra civil revolucionária, que conduzirá à libertação dos povos oprimidos pelo imperialismo, à libertação da classe operária e a destruição do imperialismo.

Júdice ataca os oportunistas e revisionistas que acham que os operários devem defender o imperialismo e condenar como terroristas os actos de guerra levados a cabo no interior do próprio Estado imperialista, como sucede com os liquidacionistas de Garcia Pereira e Conceição Franco, hoje agentes claramente assumidos dos próprios imperialistas e das polícias secretas.

Aqui se transcreve o ensaio de Luís Júdice:

“Desde os tempos de Lenine que o imperialismo é caracterizado como estádio supremo do capitalismo e fautor de guerra e morte. A burguesia, no seu afã de rapina e dominação, subjuga e humilha povos e nações, exaure os seus recursos e riquezas e exporta os seus excedentes industriais, obsoletos e descontinuados.

Esta necessidade de, por um lado, subjugar mercados e assegurar o domínio dos recursos energéticos e das matérias-primas e, por outro, a nível político, as zonas de influência imperial, levaram, no último século e meio, a três grandes conflitos mundiais e a uma globalização sem precedentes dos conflitos regionais.

Durante a I e a II Grandes Guerras Mundiais, os conflitos decorriam numa frente única e entre as nações envolvidas. Dada, por um lado, a destruição massiça resultante desses conflitos em casa própria – estaremos certamente bem informados sobre a morte de milhões de elementos do povo e a destruição de centenas de cidades e milhares de fábricas por essa Europa e pelo mundo fora -, e a vitória da concepção marxista-leninista-maoista de transformar as guerras imperialistas em guerras revolucionárias, populares – como o comprovam as Revoluções Russa de 1917 e a Revolução Chinesa de 1949 – a lição que a burguesia e toda a sorte de potências imperialistas aprendeu então foi a de que, de futuro, deveria transferir esses sangrentos conflitos para o quintal dos outros.

É neste novo contexto que povos e nações de todo o mundo se vêem obrigados a empunhar armas – porque, tal como dizia Mao, o poder está na ponta da espingarda –, e levar a cabo guerras pela sua independência e autodeterminação contra o imperialismo americano, o imperialismo soviético e outras potências coloniais.

Contudo, tais conflitos continuavam a caracterizar-se por ocorrerem numa só frente de combate, apesar de o imperialismo e o social-imperialismo começarem a demonstrar, face às derrotas infligidas por esses povos e nações, não passarem de autênticos tigres de papel.

Com a derrota das revoluções soviética e chinesa às mãos de cliques de traidores que enveredaram por sistemas do capitalismo monopolista de Estado e promotores de uma nova burguesia, o imperialismo tornou-se ainda mais agressivo e, prosseguindo o princípio que sempre acalentara da independência e soberania limitadas, passa a policiar o mundo e a intervir militarmente sempre e onde considera estar em causa a sua influência, isto é, sempre que os seus interesses, a sua acção de rapina, dominação e humilhação são postos em causa.

Mas, o que diferencia a situação actual das épocas acima descritas é um novo facto, um novo desenvolvimento. A famigerada globalização – tão cara ao imperialismo e aos imperialistas –, ao promover, por um lado, a bascularização da economia, promoveu, por outro, uma migração massiva e constante de trabalhadores de nações empobrecidas pela guerra e pela rapina, para as nações ditas dominantes e promotoras dessa rapina, guerra e destruição.

Se as primeiras gerações de migrantes refugiados foram assimilados pelas nações de acolhimento, já as segunda e terceira gerações, com um maior acesso à formação intelectual, científica e cultural e à informação, passou a integrar aquilo a que os governos imperialistas classificam como movimentos radicalizados. Uma classificação que serve para escamotear que, desta vez, os radicais que se opõem ao genocídio de que os países de origem dos seus pais são vítimas por parte de toda a sorte de potências imperialistas são, agora, cidadãos das potências agressoras.

Uma afirmação que serve para escamotear o seu desespero e fraqueza, demonstrativa de que o imperialismo tem pés de barro e de que é possível aos povos e nações oprimidas derrotá-lo em toda a linha, quer na frente externa, quer na frente interna.

Trata-se, pois – e é essa a diferença qualitativa em relação aos conflitos anteriores –, de uma guerra travada em duas frentes. A frente do país ou nação invadida pelas potências imperialistas – americanos, alemães, franceses, britânicos, russos, etc. – e a frente que muitos dos filhos daqueles que foram forçados a migrar para esses países imperialistas constituiram nos mesmos. O caso da França é paradigmático. Actualmente, 15% da população francesa é de origem muçulmana.

Em países como a Bélgica, a França, a Grã-Bretanha, mas não só, esta frente de conflito pode, rapidamente, ressultar em guerras cívis. Neste contexto, os marxistas-leninistas têm de saber organizar a classe operária e os seus aliados para transformarem as guerras imperialistas e as guerras cívis que delas podem resultar, em guerras revolucionárias que imponham democracias populares, no caminho para a conquista de sociedades socialistas, livres da rapina, do ódio, da morte e da humilhação que caracterizam o imperialismo, estádio supremo do capitalismo!

Tanto mais quanto este é um dos pontos que está a dividir os operários no movimento comunista internacional, onde as correntes oportunistas e revisionistas defendem que os operários devem apoiar as “suas” burguesias, isto é as classes dominantes das potências imperialistas agressoras, contra o “terrorismo”, atacando e renegando a permissa marxista de “¡Proletários de Todos os Países, Povos e Nações Oprimidas do Mundo, Uni-vos!”
    

 28.06.2016

Luís Júdice

*El sobretítulo es nuestro. L. F.


(De seguido la traducción al castellano)

Guerra del Pueblo a la Guerra Imperialista

En su blog qué el silencio de los justos no mate a inocentes, el camarada Luis Júdice publicó un ensayo de enorme actualidad bajo el título Guerra del Pueblo a la Guerra Imperialista, llamando la atención sobre el hecho de que en el mundo de hoy las guerras imperialistas se desarrollan en dos inevitablemente frentes: en el  frente de los países coloniales y semicoloniales agredidos y en el interior del cubil  de los propios imperialistas. En cualquiera de estos frentes, la guerra movida por el imperialismo se transforma en la guerra civil revolucionaria, que conducirá a la liberación de los pueblos oprimidos por el imperialismo, a la liberación de la clase obrera y a la destrucción del imperialismo.

Júdice ataca a los oportunistas y revisionistas que creen que los trabajadores deben defender al imperialismo y condenar como terroristas los actos de guerra llevados a cabo en el interior del propio Estado imperialista, como sucede con los liquidadores de García Pereira y Concepción Franco, hoy agentes claramente asumidos de los propios imperialistas y de las policías secretas.

Aquí se transcribe el ensayo de Luis Júdice:

"Desde los tiempos de Lenin de que el imperialismo se caracteriza como estadio supremo del capitalismo y autor de guerra y muerte. La burguesía, en su afán de rapiña y dominación, subyuga y humilla pueblos y naciones, saquea sus recursos y riquezas y exporta sus excedentes industriales, obsoletos y descontinuados.

Esta necesidad de, por un lado, subyugar mercados y asegurar el dominio de los recursos energéticos y de las materias primas y, por el otro, a nivel político, las áreas de influencia imperial, llevarán, en el último siglo y medio, a tres grandes conflictos mundiales y una globalización sin precedentes de los conflictos regionales .

Durante la I y II Guerras Mundiales, los conflictos discurrieron en un frente unico y entre las naciones involucradas. Dada, por un lado, la destrucción masiva resultante de esos conflictos en la casa propia –estaremos ciertamente bien informados sobre la muerte de millones de elementos del pueblo y la destrucción de cientos de ciudades y millares de fábricas en toda Europa y en todo el mundo-, y la victoria de la concepción marxista-leninista-maoísta de transformar las guerras imperialistas en guerra revolucionaria populares -como comprueban las Revoluciones Rusas de 1917 y la Revolución china de 1949- la lección de que la burguesía y toda suerte de potencias imperialistas aprendió  entonces fue de que, en el futuro, debería transferir esos sangrientos conflictos al patio trasero de los otros.

Es en este nuevo contexto que pueblos y naciones de todo el mundo se ven obligados a empuñar las armas - porque, como dijo Mao, el poder está en el cañón de un arma –porque, como decía Mao, el poder está en la punta de un fusil-, y llevar a cabo las guerras por su independencia y autodeterminación contra el imperialismo norteamericano, el soviético y otras potencias coloniales.

Con todo, tales conflictos continuaban en caracterizarse por ocurrir en un frente de combate, a pesar de ello el imperialismo y el socialimperialismo comienzan a demostrar que, de cara a las derrotas infligidas por esos pueblos y naciones, no pasan de auténticos tigres de papel.

Con la derrota de las revoluciones soviética y china a las manos de cliques de traidores que se embarcaron por sistemas del capitalismo monopolista de Estado y promotores de una nueva burguesía, el imperialismo se tornó aún más agresivo y, siguiendo el principio de que siempre acariciara de la independencia y soberanía limitadas , a policiar el mundo y a intervenir militarmente siempre y dónde considera estar en causa su influencia , esto es, siempre  que sus intereses, su acción de rapiña, la dominación y la humillación son cuestionados.

Pero, lo que diferencia la situación actual de las épocas arriba descritas es un hecho nuevo, un nuevo desarrollo. La llamada globalización -tan cara al imperialismo e a los imperialistas- al promover, por un lado, la vascularización de la economía, promovió, por otro, una migración masiva y constante  de trabajadores de naciones empobrecidas por la guerra y por la rapiña, para las naciones dichas dominantes y promotoras de esa rapiña, guerra y  destrucción.

Si las primeras generaciones de migrantes y refugiados fueron asimilados por las naciones de acogida,  ya las segunda y tercera generaciones, con un mayor acceso a la formación intelectual, científica y cultural y a la información, pasó a integrar lo que los gobiernos imperialistas clasifican como movimientos radicalizados. Una clasificación que sirve para escamotear que, esta vez, los radicales que se oponen al genocidio de que los países de origen de sus padres son víctimas por parte de toda suerte de potencias imperialistas son, ahora,  ciudadanos de las potencias agresoras.

Una afirmación que sirve para escamotear su desesperación y debilidad, demostrativa de que el imperialismo tiene los pies de barro y que es posible que los pueblos y naciones oprimidas derrotarlos en toda la línea, ya sea en el frente externo, ya sea en el frente interno.

Se trata, pues -y es esta la diferencia cualitativa en relación a los conflictos anteriores- una guerra librada en dos frentes. El frente del país o nación invadida por las potencias imperialistas -americanos, alemanes, franceses, británicos, rusos, etc.- y el frente que muchos de los hijos de los que fueron forzados a migrar a esos países imperialistas constituyeron en los misma. El caso de Francia es paradigmático. Actualmente, el 15% de la población francesa es de origen musulmán.

En países como Bélgica, Francia, Gran Bretaña, pero no sólo, este frente de  conflicto puede, rápidamente, resultar en guerras civiles. En este contexto, los marxistas-leninistas tienen que saber organizar a la clase obrera y sus aliados para transformar las guerras imperialistas y las guerras civiles que de ellas pueden resultar, en guerras revolucionarias que impongan democracias populares, en el camino hacia la conquista de sociedades socialistas, libres de rapiñas, del odio, de la muerte y de la humillación que caracterizan al imperialismo, estadio supremo del capitalismo!

Tanto más cuanto que este es uno de los puntos que está dividiendo a los trabajadores en el movimiento comunista internacional, donde las corrientes oportunistas y revisionistas defienden que los obreros deben apoyar "sus" burguesías, es decir a las clases dominantes de las potencias imperialistas agresoras, contra el  "terrorismo", atacando y renegando la premisa marxista de  Proletarios de todos los países, pueblos y naciones oprimidos del mundo, uníos!" 
    
06/28/2016

Louis Júdice



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Datos personales

periodista obrero. Comunista (marxista-leninista). Antiimperialista, anticapitalista y antimilitarista.